Amaury vai direto ao ponto: “Eles roubaram o patrimônio público” O anfitrião da solenidade de lançamento do livro no Rio, Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários, compôs a mesa com o deputado federal Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), o deputado estadual Gilberto Palmares, do PT-RJ, e a ex-presidente do sindicato Fernanda Carízio. – Estou indignado. […]
Amaury vai direto ao ponto: “Eles roubaram o patrimônio público”
O anfitrião da solenidade de lançamento do livro no Rio, Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários, compôs a mesa com o deputado federal Protógenes Queiróz (PCdoB-SP), o deputado estadual Gilberto Palmares, do PT-RJ, e a ex-presidente do sindicato Fernanda Carízio.
– Estou indignado. Essas caras são mentirosos, são cínicos. Eles roubaram e acabaram com o patrimônio público. A elite quatrocentona de São Paulo é asquerosa, acha que está acima do bem e do mal. Já a imprensa brasiliera, na última eleição, tirou a máscara. Eu queria dizer que, depois do livro, passei a amar vocês muito mais – disparou Amaury na sua fala de abertura.
O delegado responsável pela Operação Satiagraha, e atual deputado, Protógenes Queiróz, disse que o livro de Amaury é uma “semente que tem que ser espalhada pelos jardins da democracia brasileira.” O livro já é considerado um fenômeno de vendas, com mais de 120 mil exemplares vendidos. Sobre o seu requerimento de instalação de uma CPI, na Câmara, para investigar a privataria, Protógenes foi incisivo : “Eles enganaram o povo brasileiro, lesaram a nossa pátria, e têm que responder por isso.”
Ele criticou duramente as declarações de José Serra sobre o livro, que chamou de “lixo”, e a respeito da iniciativa da criação de uma CPI, que já conta com a adesão de mais 200 deputados federais, mas que para Serra é uma “palhaçada”. “Ele usa essas expressões desrespeitosas porque elas são identificadas com a vida dele, isso sim”, observou o deputado, acrescentando que a resposta será dada na Câmara, durante a CPI, com o acompanhamento e a pressão dos movimentos sociais, dos estudantes e dos partidos políticos.
Já o deputado Gilberto Palmares apontou como o grande mérito do livro o fato dele “colocar de forma documental o que nós sempre falamos em praça pública.”
– A mesma mídia que tenta desqualificar o trabalho de um jornalista sério e premiado como o Amaury também fez de tudo para desqualificar a todos os trabalhadores que lutaram contra a privatização das estatais. A ponto de a jornalista Dora Kramer, na época articulista do JB, dizer que estava sendo utilizado dinheiro público na luta contra a privatização do Sistema Telebrás. E sabem que dinheiro público era esse ? Vejam o absurdo : simplesmente a contribuição de 1% dos seus salários num determinado mês que os trabalhadores doaram para a campanha contra a privatização – denunciou o parlamentar em tom indignado.
A dureza da luta contra a privatização do Banerj e do Banespa, especialmente, foi rememorada por Fernanda Carízio. ” Dávamos murro em ponta de faca, tudo estava contra nós. Contudo, podemos considerar uma vitória o fato de termos conseguido a manutenção das aposentadorias do pessoal do Banerj e do Banespa. Foi uma luta muito desgastante para todos nós. Logo depois perdemos um grande companheiro, o Vilela”, lembrou a ex-presidente do Sindicato dos Bancários.Vilela foi um importante dirigente sindical bancário que, devido a complicações cardíacas, morreu pouco tempo depois da privatização dos bancos públicos.
Fonte: CUT-RJ