Antes da revolução industrial, o feudalismo era o sistema político, social e econômico que vigorava. Era então a Idade Média (século V ao século XV). Este sistema iniciou com o fim do Império Romano. Neste período, de violência absurda com as invasões bárbaras, a população, em troca de proteção dos senhores de terras, fugiu das […]
Antes da revolução industrial, o feudalismo era o sistema político, social e econômico que vigorava. Era então a Idade Média (século V ao século XV). Este sistema iniciou com o fim do Império Romano. Neste período, de violência absurda com as invasões bárbaras, a população, em troca de proteção dos senhores de terras, fugiu das cidades e migrou para o campo. Não havia possibilidade de ascensão social: só existia o clero, a nobreza e os servos.
O processo de concessão dessas terras obedecia a uma ordem: o rei as concedia aos senhores, e estes, aos cavaleiros e aos servos. Nessa relação, quem concedia as terras era chamado de suserano, e os que as recebiam, de vassalos. O fim do feudalismo se deu quando as relações comerciais começaram a se desenvolver, e, assim, surgiu uma nova classe social: a burguesia, que fundou o capitalismo, com a revolução industrial.
A passagem do feudalismo ao capitalismo com a revolução industrial ocasionou diversas revoltas, principalmente dos camponeses e trabalhadores têxteis. A Revolução Industrial teve como um dos instrumentos fundamentais, a lei de cercamento das terras comunais, que eram “comuns”: as florestas, bosques e pastos onde os servos podiam levar seus animais para pastar além de pegar lenha. As terras comunais eram o local de acesso para todos os habitantes do feudo.
Assim sendo, as terras comunais, que grande parte da população poderia usufruir em seu benefício, passou a ser cercada, retirando a última possibilidade de sobrevivência. O artesão perdeu espaço para a grande produção industrial, que passou a comprar muito mais quantidade de matéria-prima, com menor custo, inventando máquinas modernas.
Com isso foi criada a classe operária, com jornadas de trabalho de homens, mulheres, idosos e crianças que chegavam a até 16 horas por dia. Foi nesse contexto que surgiu a luta de classes, uma vez que os operários tinham uma vida miserável, exaustiva e insalubre.
Nos próximos meses traremos aqui no site do Sindpd-RJ as histórias das revoltas, lutas e conquistas que nos trouxeram à atual situação dos trabalhadores e trabalhadoras que já avançaram muito em conquistas, mas ainda buscam direitos e dignidade.
Com informações do Sinpojud